terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Construção do Material Didático de apoio e divulgação


Roberto  Lisboa, mestrando do Pós-graduação em História da UFSM e co-orientador do projeto de extensão no qual sou bolsista, e eu  construímos  um material de apoio com o principais elementos do acervo do Memorial  apresentado as perspectivas de pesquisa. Ainda temos que fazer a montagem, diagramação, e tudo mais.Para posteriormente, imprimirmos e divulgarmos o Memorial Manoel Ribas. Tudo isso, com o intuito de apresentar mais um local de pesquisa para interessados no assunto, alunos de graduação em  História e as áreas afins, e pós-graduação. A estrutura é essa que segue abaixo.Aceitamos ajuda, conselhos e  críticas.

- Histórico


A História de Santa Maria e região estão vinculadas diretamente ao desenvolvimento das ferrovias no Brasil, quando o município tornou-se um estratégico pólo ferroviário, que ligava o Rio Grande do Sul a São Paulo. Em 1885, com a linha Porto Alegre -Cachoeira -Santa Maria é instalada os trilhos em Santa Maria. A criação da Viação férrea em meados dos anos 1950 e, consequentemente, a Cooperativa de Consumo dos Empregados da Viação Férrea do Rio Grande do Sul em 1913, são os personagens principais do surto de desenvolvimento social, político, econômico e cultural da cidade. A COOPFER preocupada com o ensino dos filhos de seus empregados, funda m 1930 a Escola de Artes de Ofícios Santa Teresinha do Menino Jesus que de 1921 a 1942 frequentaram 11.297 alunas que procuravam o colégio visando uma educação de qualidade, para os serviços domésticos, objetivando serem no futuro boas mães e boas esposas. Além dos sete anos elementares eram oferecidos alguns cursos para a educação da mulher como: bordado, costura,confecção de chapéus, música e economia doméstica. Esse é um tipo de ensino modelo para as jovens de acordo com os padrões e concepções da sociedade da época. De 1943 a 1974, o prédio passou a abrigar também, o Grupo Escolar João Belém. Em 1954, é criado o Ginásio Estadual Manoel Ribas funcionando no mesmo prédio do Cilon Rosa, até 1968. A partir de 1974, o Colégio Manoel Ribas tornou-se a única escola a ocupar o local. Em 1977, o prédio pertencente à COOPFER foi desapropriado e incorporado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Desde 1995, o prédio encontra-se tombado em âmbito municipal e estadual e continua a servir como instituição de ensino para mais de 2 mil alunos.


- Justificativa


O propósito deste material é o de servir enquanto apoio didático a todos interessados em pesquisar e ajudar na conservação e organização do Memorial Manoel Ribas além de promovê-lo. É a partir do fomento das atividades de pesquisa com alunos de graduação e pós-graduação, da organização do acervo e de suas correntes atualizações que se buscou apresentar aqui os documentos já organizados e indicar alguns caminhos para estabelecer novos diálogos com a história de Santa Maria e suas tramas.



- Fundo Fotográfico:

O Fundo Fotográfico disponibiliza quase mil fotos, entre os anos 1940 e 1996, que foram recentemente digitalizadas. Podem-se conferir as atividades artísticas, esportivas e cívicas desenvolvidas na escola. Também, é possível verificar a participação da escola em diversas atividades junto à comunidade santa-mariense. Neste sentido, as perspectivas de pesquisa são variadas incluindo questões de gênero, vestuário e dos costumes etc.








- Fundo Gemar: Ex. Movimentos Sociais / História Política


O Fundo documental do Grêmio Estudantil Manoel Ribas disponibiliza aos pesquisadores atas dos anos 1960 e 1970 até os anos 2000. Podem-se verificar as atividades desenvolvidas pelos estudantes da entidade e as formas de interação com os demais estudantes da escola e a diretoria da escola. Outras possibilidades de pesquisa condizem às relações políticas e estudantis estabelecidas com a União santa-mariense de Estudantes e as pontuais referências ao Departamento de Ordem Política e Social durante a Ditadura Civil-Militar.





- Relatórios

Uma das “jóias raras” do acervo são os dois relatórios do governo de Manoel Ribas na interventoria do Estado do Paraná nos anos de 1932-1939 e 1932-1941. São documentos originais para que os pesquisadores de diversas áreas como: História Econômica, História quantitativa, História Política, História regional, etc. , possam realizar seus trabalhos de forma inédita.








- Registros de Imprensa
O acervo de jornais é bem variado contendo jornais, ou recortes de jornais, da cidade e até de outras localidades com reportagens sobre o colégio. Além dos 35 exemplares do jornal próprio do colégio intitulado “O Maneco”. A pesquisa histórica debruçada sobre este tipo de suporte é muito enriquecedora para o pesquisador, pois, além de ser instrumento de pesquisa fornece “pequenas histórias“ que geralmente não saem no produto final.


Ata de posse e Livro de registros dos professores e funcionários
        
O Livro de Registro e a Ata de posse do professores e funcionários do curso científico são documentos que fornecem informações sobre a formação acadêmica, as cidades de origem, o estado civil, idade, gênero, etc. , dos professores. Pode-se analisar a mobilidade desses professores que muitas vezes vinham de outras cidades para lecionar em Santa Maria. Quantificar a questão do gênero, isto é, em determinado ano quantos professores homens ou mulheres existiam. Pode-se ainda enfocar a história biográfica de indivíduos, ou seja, as trajetórias de professores na instituição e na cidade.







Manoel Ribas


O colégio e o memorial levam o nome do patrono da escola: Manoel Ribas. Este nasceu em Ponta Grossa no Paraná, no dia 8 de março de 1873. Em 1897 deslocou-se para Santa Maria, no Rio Grande do Sul, convidado pelo seu cunhado o construtor da Vila Belga Gustavo Vauthier. Em decorrência de sua proveitosa administração na Cooperativa dos Empregados da Viação Férrea do Rio Grande do Sul, Manoel Ribas ganhando notoriedade da cidade candidata-se a prefeito e elege-se em 1927. Após a renúncia de Mário Tourinho do cargo de interventor do Estado do Paraná, Getúlio Vargas então convida Manoel Ribas para o cargo de interventor no qual permanece 13 anos, como interventor de 1932-1934 e 1937-1945 e como governador de 1935 a 1937.O acervo ligado ao Manoel Ribas fornece trabalho para pesquisadores que se interessarem em pesquisar história política, biográfica, econômica e toda abrangência do período Vargas.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

3º Encontro dos pesquisadores do Arquivo Histórico Municipal de Santa Maria

Participei do evento comemorativo aos 54 anos do Arquivo Histórico Municipal de Santa Maria 
Minha apresentação foi "vapt-vupt".Eu com pressa, passando um calor danado, mexendo freneticamente as mãos até que consegui falar das 17:30 a 17:40.
Apresentei o projeto: Memorial Manoel Ribas -Um Portal Para a História de Santa Maria, juntamente com o Mestrando Roberto Lisboa  orientado pela prof. Dr. Gláucia Vieira Ramos Konrad do Departamento de História e de Documentação da Arquivologia da UFSM.
Valeu a pena conhecer  outras pesquisas e dialogar com alunos e professores da Arquivologia e da História.